O sonho de todo devedor é se livrar da dívida o quanto antes. Aliás, passar 30 anos pagando algo, para muitos é motivo de extrema preocupação. Mas como é possível pagar todo o débito de forma antecipada? E qual é a melhor maneira de quitar o financiamento? Explicamos abaixo:
Como o banco usa o seu dinheiro no financiamento imobiliário ou veículo
Caso o seu banco não esteja oferecendo boas taxas de juros, você pode fazer a portabilidade do financiamento. Mas, em todo e qualquer caso, o segredo é fazer amortização para pagar menos juros e quitar o seu financiamento muito mais rápido.
Por exemplo: você financiou R$ 100.000 e paga mensalmente uma parcela de R$ 1.000. O banco não vai abater R$ 1.000 dos R$ 100.000 que você deve, porque estão sendo cobrados juros também. Então, digamos que 40% dos R$ 1.000 (R$ 400) será usado para abater a sua dívida e o restante do valor é usado para quitar os juros (que não fazem parte dos R$ 100.000 que você financiou).
É possível quitar o financiamento antes do prazo?
O pagamento de parte ou todas as parcelas futuras de uma dívida, que pode ser a compra de um carro, imóvel ou empréstimo pessoal, pode ser feito a qualquer hora.
O direito está previsto no artigo 52 do Código do Consumidor.
Benefícios de quitar antes do prazo
Quem antecipa o pagamento da dívida paga menos juros e encargos, principalmente em financiamentos mais longos, como o do imóvel e veículo. Também encurta o tempo no qual irá pressionar o orçamento com o pagamento das parcelas do débito.
Como amortizar o financiamento?
Amortizar não é a mesma coisa que adiantar parcelas do seu financiamento. Ao pagar a parcela normal, você cobre o valor do imóvel mais os juros. Já ao amortizar, você paga diretamente o valor total do imóvel ou veículo, sem os juros. Para fazer isso, basta contatar seu gerente ou gerar um boleto de amortização pelo aplicativo do banco e pagar um extra além da parcela mensal.
Por isso, é fundamental usar seu dinheiro com sabedoria, focando nos gastos essenciais e reservando uma quantia para amortizar todo mês. Assim, as parcelas futuras ficam cada vez menores.
Por exemplo, se sobram R$ 300 reais da sua renda e você quer usar para amortizar o financiamento, acesse o aplicativo do banco, procure a opção de amortização (ou fale com o gerente), escolha o valor a ser amortizado e confirme o pagamento. Esse valor é descontado diretamente da dívida, sem juros.
É importante mencionar: Alguns bancos só permitem a amortização acima de um certo valor. Consulte o banco do seu financiamento, para saber até quanto pode amortizar mensalmente.
A cada mês que conseguir amortizar mais, sua dívida diminui. Em um financiamento imobiliário por exemplo, no final você reduz o valor das parcelas, quita o financiamento em menos de 30 anos e, consequentemente, paga menos juros.
FGTS e 13º salário
O FGTS e o 13º salário são dois recursos que podem ser úteis para quitar uma parte significativa da sua dívida. Uma estratégia é usar o FGTS para dar entrada na compra de um imóvel e, após 12 meses, resgatá-lo para amortizar a dívida com o banco. Além disso, o 13º salário pode ser uma alternativa para acelerar o pagamento do financiamento.
No entanto, é importante ter em mente que a utilização anual do FGTS e do 13º salário é apenas uma sugestão. A recomendação principal é que você empregue o dinheiro excedente mês a mês para amortizar o valor do seu imóvel, permitindo-se assim livrar-se de uma dívida de longo prazo.
O que fazer após quitar o financiamento
Depois de pagar completamente um financiamento de carro ou imóvel, é essencial registrar o termo de quitação, fornecido pelo banco, no cartório. Isso confirma oficialmente que o devedor agora é o legítimo proprietário do bem, que anteriormente estava vinculado ao banco.
O que é melhor: Investir ou quitar o financiamento?
Para decidir entre investir ou quitar um financiamento, basta comparar a taxa de retorno do investimento com os juros mensais do financiamento. Se a taxa do investimento for superior, é mais vantajoso manter o dinheiro aplicado; caso contrário, quitar o financiamento pode ser a melhor opção.
Por exemplo, a poupança oferece atualmente cerca de 7% ao ano. Para ser mais vantajoso deixar o dinheiro nela, os juros anuais do financiamento precisariam ser inferiores a essa taxa. Como referência, os juros médios em um contrato de imóvel são aproximadamente 9% ao ano. Já no financiamento de veículos, começam em 10% ao ano e podem chegar a 22% ao ano.